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A força invisível que move o esporte brasileiro

A distância entre a teoria da inclusão e sua prática real segue sendo um dos maiores desafios do esporte nacional.

No último sábado, 11, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência passou quase despercebido — e isso diz muito sobre o que ainda precisa ser feito. No Brasil, esse público representa entre 14,4 e 18,6 milhões de pessoas, mas apenas uma pequena parcela é beneficiada por projetos esportivos ou projetos paradesportivos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. Estima-se que cerca de 15 milhões de brasileiros já tenham sido impactados direta ou indiretamente por iniciativas financiadas pela Lei.

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Apesar de o Brasil ocupar posição de destaque no cenário paralímpico mundial — como mostrou o título inédito no Mundial de Atletismo em Nova Deli, Índia, superando a hegemonia chinesa — os bastidores continuam marcados por superação silenciosa e falta de acesso.

Simulador de projetos

Segundo dados oficiais de 2024, dos 2.524 projetos esportivos incentivados que receberam aportes através da Lei de Incentivo ao Esporte, apenas 264 são voltados ao paradesporto — o equivalente a cerca de 10% do total. Um número que não reflete a verdadeira potência paralímpica do país.

Essa realidade tende a evoluir significativamente. A sanção presidencial da Lei de Incentivo ao Esporte deverá consolidá-la de forma definitiva como política pública permanente, além de elevar o limite de renúncia fiscal para 3%, estimulando novos investimentos corporativos em projetos esportivos.

Captação de recursos

Para Álvaro Martins, CEO da AR Lei de Incentivo ao Esporte, a aprovação do PLP 234/2024 representa um marco na evolução da política esportiva brasileira:

“Os projetos paralímpicos representam apenas 10,4% do total em 2024. O aumento da renúncia fiscal e a transformação da Lei de Incentivo ao Esporte em instrumento permanente são passos decisivos para ampliar o acesso e consolidar a inclusão. A acessibilidade é inegociável para quem trabalha com a Lei do Esporte. Tenho certeza de que dias melhores virão.”